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Foco na Educação

Nas últimas décadas, o mundo sofreu profundas alterações a variados níveis e a educação não foi alheia a este facto. O cenário mudou muito (há muito tempo), embora continuemos impávidos e serenos a ensinar da mesma maneira aos nossos alunos, como pouco ou nada tivesse sofrido alterações.  

Muitos professores ainda baseiam as suas práticas educativas em ações muito centradas no professor, ainda que, por vezes, afirmem o contrário. Tecem pequeninas nuances na orientação das suas práticas pedagógicas como, por exemplo, no que respeita à valorização da participação dos alunos em sala de aula e ficam por aqui e pouco mais, sentindo algum dever cumprido nesta matéria com este ligeiro ensaio. É certo que se esforçam por alterar este facto, tentando introduzir algumas inovações, mas, por força de variáveis diversas, poucos o conseguem de modo eficaz. 

Os professores estão cansados e desgastados, situação que se agravou com a recente pandemia da Covid-19, e, embora trabalhem em demasia, desse esforço desmedido existe um relativo proveito efetivo em prol do desenvolvimento educativo dos alunos. A questão está longe de ser assim resolvida.

Por outro lado, a atual organização estrutural das escolas públicas facilita a desfocagem do ensino face ao aluno, como centro de todo processo de ensino-aprendizagem. Há uma centralização organizacional face ao Saber, sendo este o propósito que diariamente lidera e condiciona as ações dos professores na maioria das escolas públicas, por força de decretos e despachos ministeriais. Resta pois pouco tempo real para poderem contribuir para o sucesso educativo dos alunos, na busca de um caminho e de um projeto de vida. 

É necessário inverter esta situação, na medida em que a organização pedagógica vigente presentemente nas escolas públicas já não serve para responder aos anseios dos nossos jovens, nem lhes proporcionar a vida futura que eles tanto almejam

É necessário reduzir a carga de trabalho burocrático dos professores, sem, contudo, reduzir a exigência das suas ações em prol do conhecimento e do sucesso educativo de cada aluno, valorizando-o, enquanto ser ativo e central no processo do ensino

É preciso igualmente mais tempo para falar com os estudantes, para os entendermos melhor e podermos analisar quais as suas potencialidades e as suas fragilidades. É também necessário entendermos melhor as suas famílias e os seus constrangimentos, para as podermos ajudar no processo de desenvolvimento educativo dos seus filhos, promovendo a equidade e a justiça social. Só deste modo, muito atentos e focados em todo o processo de ensino-aprendizagem, propriamente dito, poderemos agir em conformidade e ajudar os nossos alunos em situações cruciais do seu processo de desenvolvimento cognitivo e intelectual, em conjunto com as suas famílias.

Estamos ainda longe de alcançar os resultados para os quais os professores se esforçam diariamente e que todos nós desejamos. 

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